Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras. Os vocábulos, espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida. Dar-lhes outra, para aplicá-los à doutrina dos Espíritos, fora multiplicar as causas já numerosas de anfibologia. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém, que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos de referir-nos, os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem e o sentido radical e que, por isso mesmo, apresentam a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis, deixando ao vocábulo espiritualismo a acepção que lhe é própria.
Como se locomovem os espíritos?
Os espíritos esclarecidos locomovem-se através do pensamento. Movimentam-se mais ou menos rápido dependendo da evolução de cada um. Os espíritos pouco adiantados movem-se no mundo invisível, como o fazem os homens da terra.
Os espíritos podem visitar-nos?
Sim, e fazem-no frequentemente, por vezes não notamos a presença. Mas nunca estamos sozinhos. Os bons espíritos procuram ajudar-nos através da intuição, e os maus trazem-nos influências que nos perturbam o equilíbrio (obsessões). O hábito da oração e vigilância constantes fazem-nos menos sujeitos às más influências.
O que é o passe?
É a transferência de fluidos de uma pessoa a outra, através da prece e a imposição das mãos, procedimento largamente usado nos centros espíritas. As energias são oriundas dos fluidos humanos (do passista) e fluidos espirituais (dos espíritos que trabalham com a equipe de médiuns). Existem três tipos de magnetismo: o humano, o espiritual e o misto. O tipo de magnetismo utilizado nas casas espíritas é o misto, pois, a ação dos encarnados soma-se a ajuda benéfica dos espíritos que trabalham na área, qualificando, direcionado e potencializando os fluidos.
Porque sentimos antipatias ou simpatias por algumas pessoas que nem conhecemos?
Tudo se fundamenta na lei das afinidades fluídicas. Os pensamentos que emitimos impregnam o ambiente onde estamos e atraem outros que pensam da mesma forma, assim como funciona como força de repulsão para quem tem pensamentos contrários. Nem sempre essas antipatias são resultados do passado (encarnações anteriores). Somos atraídos para os que nos são simpáticos e afastamo-nos de quem não temos afinidades. Chegará um dia em que toda a humanidade será reunida num único campo energético de amor e paz.
A magia negra existe?
Qualquer pessoa que deseje fazer mal a outra pessoa, já estará atraindo espíritos inferiores que fazem o mal. E Deus permite? Na questão 557 do «livro dos espíritos», os espíritos de verdade dizem: «Deus não ouve uma maldição injusta», isso indica que permite uma maldição justa, ou seja, quando o indivíduo de alguma forma, ou por alguma razão mereça aquele mal. No final do mesmo texto ainda pode ler-se: «a providência e a justiça divina não ferem alguém que foi amaldiçoado, se a pessoa não for má…». Elucidando ainda… “A proteção divina, não cobre aqueles que não a mereçam…” »
Enviado por Sílvio Guerrinha.