O mito do Saci é um dos mais difundidos no Brasil, segundo muitos autores, o Saci seria uma Divindade de origem Indígena (dos primeiros índios a manterem contato com os Portugueses, portanto, do Tronco Linguístico Tupi-Guarani).
A função desta divindade seria o controle, sabedoria e manuseios de tudo que estava relacionado as plantas Medicinais, como Guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chás, concentrados e outros medicamentos feitos a partir de plantas.
Como suas qualidades eram as da Farmacopeia, também era atribuído a ele o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.
Características:
- Não se tem muito conhecimento sobre a origem da atual aparência do Saci, sabe-se que é representado como sendo um negrinho de uma perna só, com uma carapuça vermelha, que fuma um cachimbo.
- Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem.
- A maneira para espantar o Saci é chamando-o pelo seu nome.
Outra lenda…
O Saci tem meio metro de altura e uma perna só, usa barrete vermelho e tem olhos de fogo…
Ente absolutamente fantástico, o Saci é parceiro do Lobisomem, da Mãe-d'Água, do Caboclo.
Fantástico e lendário, vive pulando eternamente, com uma perna só…
São inúmeras as lendas em torno do Saci, mas a melhor de todas é, sem dúvida, esta que mostra o pretinho escolado vencido pela mulher:
O Saci-Pererê e a Mulher
Saci é sagaz, manhoso e diabólico. Será a mulher ainda mais esperta? Vejamos:
O Saci estava tomando conta da mulher a pedido do marido que se ausentara numa viagem longa.
Para onde ia a mulher, aí estava o Saci a importuná-la.
Uma bela hora, perdendo a paciência, a mulher disse-lhe amavelmente:
- Sacizinho do coração, é verdade que você pode tudo? Seria capaz até de entrar numa garrafa?
O Saci ficou confuso. A voz da mulher era tão meiga, tão boa e sedutora… Perturbou-se, envaideceu-se e, para mostrar mesmo seu grande poder, meteu-se dentro da garrafa.
A mulher, bem depressa, arrolhou-a e pôs-se a rir, a zombar da ingenuidade do Saci, preso assim facilmente.
O Saci estava preso, ele, que minutos antes, dizia poder tudo.
Ainda hoje se vê, em desenhos, o Saci preso na garrafa.