Deus egípcio dos mortos, representado sob a forma de homem com cabeça de chacal. No fim do império antigo, foi substituído por Osíris.
A representação de Anúbis em forma de homem com cabeça de chacal, embora às vezes aparecesse só como chacal e cão, é uma das imagens mais perturbadoras da arte egípcia.
Conquanto fosse originariamente uma divindade local, Anúbis se converteu mais tarde no deus do além-túmulo da religião egípcia. Era o encarregado dos ritos funerários, tais como o embalsamamento dos cadáveres, e de conduzir as almas à presença de Osíris. Este, no fim do império antigo, substituiu Anúbis como deus dos mortos. Segundo a mitologia, Anúbis era filho de Néftis e de Osíris, embora alguns autores afirmem que era irmão deste último. Sua missão de mostrar a trilha que levaria os mortos até o além lhe valeu o apelido de “guia dos caminhos”.
Mesmo tendo perdido para Osíris o lugar de deus do mundo do além-túmulo, Anúbis não desapareceu do panteão egípcio. Ao contrário, sua imagem perdurou através dos séculos. Depois da conquista do Egito por Alexandre o Grande, integrou-se à religião grega, nos mistérios e cultos herméticos, de marcado caráter oriental, que através do mundo greco-romano exerceriam duradoura influência no esoterismo europeu.